24 Mar 2019 00:38
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<h1>Viola De Gamba</h1>
<p>O livro ‘Admirável Mundo Novo’, publicado pelo escritor britânico Aldous Huxley em 1932, é um retrato do pessimismo que dominava a época. Com a expansão dos governos totalitários e o nazismo ganhando potência pela Alemanha, só restava aos artistas alertar a sociedade por meio de cenários futuristas sombrios e torcer pra que o cidadão comum entendesse os riscos que estava correndo. Foi o apogeu das obras de arte ‘distópicas’, Como Aprender A Tocar Violão Pela Internet? ao oposto.</p>
<p>‘Admirável Mundo Novo’ fala de uma comunidade controlada pelo governo, onde a arte só existe pra legitimar o regime ditatorial. 85 anos depois, queremos contar que a profecia de Huxley se confirmou só parcialmente, talvez em lugares como a Coreia do Norte ou outras ditaduras árabes. Em conexão à música, contudo, a coisa fica mais complicada. Sim, a música acabou mesmo sendo utilizada para legitimar regimes, como aconteceu na Alemanha nazista, no momento em que Hitler usou e abusou do caso de que a Filarmônica de Berlim era a melhor orquestra do planeta. Mas me parece que hoje a música se tornou muito mais uma maneira de legitimar discursos egocêntricos e posições políticas, bem mais do que governos.</p>
<p>Neste mundo excêntrico em que vivemos, a música tornou-se em vários casos simplesmente um veículo pra celebridades exercerem a tua fama. Diversos artistas e bandas aparecem e desaparecem com a mesma velocidade-relâmpago, justamente por causa de a maioria não tem uma apoio musical sólida.</p>
<p> Técnica De Alexander é a imagem, a maneira como o artista se vende. Neste sentido Aldous Huxley acertou: em vez de governos, o artista quer legitimar sua própria - e egocêntrica - subsistência. É por tudo isso que acho uma atraente surpresa enxergar receber destaque no Brasil uma banda que está mais preocupada com a música do que com outra coisa. Parece óbvio, porém basta olhar os artistas que fazem sucesso em plataformas de streaming ou redes sociais para saber que não é tão óbvio assim sendo. Ninguém está preocupado em fazer música legal. A maioria quer apenas ser famoso. O PAD quer fazer música sensacional.</p>
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<li>S - Roda de Samba com o Grupo Estrela Negra</li>
<li>Pra CARNES VERMELHAS</li>
<li>Estude o segundo compasso assim como que o primeiro</li>
<li>A chave estava embaixo do jornal</li>
<li>dezesseis de Fevereiro de 2016 às 21:03</li>
<li>6/6 Jamz, pela fase de combates do SuperStar (Camila Serejo/Tv Globo)</li>
<li>Tinha um quartinho nos fundos</li>
<li>um - Dói só até desenvolver os calos e se acostumar com eles</li>
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<p>É uma banda que tem não só grandes músicos, entretanto artistas com a valentia necessária pra afrontar o mercado e fazer um som que andava meio esquecido nesse lugar: rock de verdade. Sim, saber tocar um instrumento é uma particularidade excelente. Entretanto quem vai perder tempo com isso, numa comunidade em que tudo passa tão veloz?</p>
<p>No livro de Aldous Huxley, bastava uma pílula de ‘SOMA’ pra se entrar à satisfação. Será que não tem alguma coisa em vista disso na música? Uma pílula que você toma e sai tocando guitarra como Jimi Hendrix? Não. Felizmente. Pra tocar, ainda é preciso assimilar um instrumento.</p>
<p>Atravessar horas repetindo os mesmos acordes e escalas. Se dedicar, ensaiar muito. “Peraí, contudo hoje em dia toda gente faz dublagem ao vivo.” Bem, nem toda gente. O PAD está lançando seu segundo single, ‘Estranho Universo Novo’, com letras inspirada no livro de Aldous Huxley, além de um clipe muito interessante dirigido por Eduardo Galeno. E o melhor é que apresenta para ver de perto tudo isto ao vivo: o PAD armou uma festa pra comemorar a estreia. Fuzzcas Sai Direto Do SuperStar Pro Teatro Rival O Dia só tem feras: Fábio Noogh (vocal), Marcos Kleine e Leandro Pit (guitarras), Will Oliveira (pequeno), Rodrigo Simão (teclado) eThiago Biasoli (bateria).</p>